De acordo com o psicólogo Mário Matsinhe, a tecnologia deve ser utilizada como aliada na educação, porque sem equilíbrio os aparelhos tecnológicos podem causar danos no desempenho escolar dos estudantes.
Acrescenta que alguns pais são culpados pelo uso excessivo de celulares pelos pequenos, pois há falta de controlo.
“Há progenitores que não recusam dar telemóvel às crianças após uma birra, choro ou outro tipo de manipulação, que normalmente elas usam para ter acesso ao que desejam”, disse.
A fonte recomenda aos pais a criar brincadeiras interessantes que estimulam o desenvolvimento dos menores e ter um horário específico e supervisionado para o uso dos aparelhos.
Para Matsinhe, a criança pode ter acesso ao celular para fins lúdicos e de aprendizagem, com atividades que estimulam o desenvolvimento psíquico e social, aconselhado os pais a oferecer a partir de pelo menos 11 anos, mas sempre com supervisão.
“Sem controlo as crianças podem ter acesso a conteúdos inapropriados para a sua idade, bem como desenvolver comportamentos e atitudes erradas”, alertou.
O psicólogo recomendou aos progenitores a explicar às crianças o quão importante é brincar e se divertir com outros colegas e deixar de lado os aparelhos eletrónicos.
“As redes sociais estão cada vez mais perigosas, cheias de violadores sexuais, por isso, é necessário que os pais e/ou encarregados de educação supervisionem as crianças. É fundamental buscar conhecimento e ferramentas para lhe dar com este novo mundo. Proibir tudo não chega a ser a solução, mas gerir de forma inteligente o acesso a essas redes é o mais correto”, vincou.
Infelizmente, brincadeiras como jogar a bola, andar de bicicletas, saltar à corda, até os jogos tradicionais como “neca e ntxuva”, são cada vez mais frequentes no mundo infantil, porque as crianças preferem ficar em frente ao televisor, computadores, tablets ou smartphones.