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[Moçambique] SERNIC detém cidadãos zimbabweanos por fraude electrónica

Cinco indivíduos de nacionalidade zimbabweana foram detidos recentemente, indiciados do crime de fraude relativa a instrumentos e canais de pagamento eletrónico. Na sua posse, foram encontrados 30 telemóveis, 80 cartões SIM e diverso material informático.

Uma quadrilha composta por cinco indivíduos zimbabweanos está já a contas com a Polícia, por alegada prática de crimes de burla eletrónica.

Trata-se de indivíduos de 27 a 58 anos de idade, que estão ilegalmente em Moçambique, desde 2018, e usavam uma empresa de transporte sediada no Zimbabwe.

O porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Ilário Lole, diz que a sua instituição continua a reunir indícios, embora os que já existem provem que se trata de uma quadrilha.

Estes indivíduos, usando esta mesmo a empresa, recrutavam cidadãos a nível da Cidade de Maputo que, com promessas de pagamento de algum valor monetário, pediam-lhes que adquirissem cartões, em diversas telefonias móveis, registar com os seus dados e proceder à abertura de contas móveis, casos como o M-Pesa e E-Mola”, disse Ilário Lole, porta-voz do SERNIC.

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Na sua posse, foram encontrados 80 cartões SIM, registados por indivíduos ainda a monte, para transações nacionais e internacionais.

O SERNIC não tem dúvidas de que se tratava de transações fraudulentas, visto que não têm nenhuma justificativa. São valores que variam de cinco mil a 100 mil meticais, transacções feitas quase diariamente”, explicou o agente.

Lole acrescentou que os indivíduos detidos alegaram que as transações eram para a aquisição de fardos de roupa usada, porém nada disso foi comprovado, o que reforça a acusação.

Todo o valor entrava por via de transferências internacionais para os seus contactos, mas também para terceiros, que o SERNIC ainda procura identificar”.

Os indiciados negam as acusações e dizem que fazem negócio honesto, através da facilitação da compra de produtos e envio ao seu país de origem.

Dois dos indiciados são pai e filho, sendo que o pai é sócio da transportadora em causa, e disse que apenas ajuda o filho e os amigos a transportarem as mercadorias adquiridas.

O SERNIC apela, contudo, aos cidadãos para recusarem pedidos de uso dos seus dados para abertura de contas cuja finalidade não se sabe, sob pena de se tornarem cúmplices dos crimes que daí advirem.

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