Os especialistas moçambicanos reconhecem que regular o mercado de criptomoedas no país é um desafio muito complexo devido à sua volatilidade que, aliás, resulta do objetivo pelo qual foi criado, que era contornar os sistemas bancários convencionais livrando-se de qualquer influência e controlo dos governos.
Para o efeito, as transações por criptomoedas usam um sistema de transações financeiras peer-to-peer, que é uma arquitectura de redes de computadores que permite efetuar transações sem intermediários, à semelhança do que acontece com o aplicativo WhatsApp.
Esta programação surgiu em resposta à crise do subprime de 2007 que arrastou vários bancos para a insolvência, afetando as bolsas de valores de todo o mundo.
Assim, Satoshi Nakamoto criou o sistema económico alternativo, sendo responsável pelo ressurgimento do sistema bancário digital livre, através da tecnologia do blockchain.
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Esta tecnologia consiste na formação de blocos interligados que representam uma série de códigos logarítmcos matemáticos que, por sua vez, representam códigos de transações. Os códigos em alusão, na verdade, as moedas digitais que podem ser Bitcoin ou outro tipo de criptomoeda.
Ao contrário dos bancos convencionais, onde a intermediação implica custos administrativos e de transação, no blockchain a transação acontece instantaneamente, sem administração institucional e taxas de transação muito baixas.