Moçambique produz 70% de toda a investigação em ciências da saúde nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), onde esta atividade aumentou, coincidindo a pesquisa com as patologias que mais afetam estes estados, revela hoje(26) um estudo inédito.
O MAPIS – Mapeamento da Investigação e Financiamento das Ciências da Saúde em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, foi encomendado pela Fundação Gulbenkian e analisa a evolução da produção científica internacional em ciências da saúde nestes países, entre 2008 e 2020, as redes de colaboração e as fontes de financiamento.
Esta evolução é igualmente positiva nos outros países, embora São Tomé e Príncipe registe uma atividade científica “muito limitada“.
Angola apresentou “uma atividade científica inferior ao esperado“, mas com “um crescimento constante na produção e institucionalização da investigação ao longo dos últimos anos“.
Além de Moçambique, que contabiliza 70% de toda a investigação dos PALOP, também a Guiné-Bissau apresenta “um impacto relativamente elevado de citação“.
Moçambique é igualmente referido como tendo sido “cada vez mais bem-sucedido na obtenção de financiamento externo e na liderança de propostas internacionais de investigação“.
Sobre os temas abordados pelos investigadores nos diferentes países, o estudo apurou que “os padrões de especialização refletem os padrões de incidência local de várias doenças”.