A população do posto administrativo de Chipera, no distrito da Marávia, a 371 quilómetros da capital provincial, clama pelo sinal da telefonia móvel.
Weres Avelino considerou que em quase todo o posto de Chipera não há rede e quando pretendem fazer chamadas, receber ou enviar mensagens têm de se deslocar a outras regiões.
“Aqui para conseguir falar é necessário ir à montanha de onde é possível ter o sinal de duas telefonias móveis. Não é fácil, mas vivemos assim já há bastante tempo”, afirmou.
Esperança Cipriano revelou que acabou encontrando um outro lugar perto da montanha, a partir de onde tem acesso à rede sem precisar de escalar a montanha. Disse que, apesar de ser um posto administrativo sem rede, há comerciantes de crédito, o que lhes facilita, em certa medida, pois Chipera está distante de quase tudo.
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Samsone Benjamin explicou que uma das frases familiares de Chipera é “vou à rede fazer uma chamada e volto já”.
Apontou que, normalmente, tem ido para o centro de saúde, de onde nem todo o tipo de telemóveis consegue captar a rede como é o caso dos smartphones, por exemplo.
Estone Melo indicou, por seu turno, que esta situação é constrangedora e quem de direito deve investir para que a população local também tenha os benefícios da comunicação telefónica celular, incluindo fazer transações financeiras.
Referiu que esta é uma vida difícil, sobretudo para quem saí da cidade ou de uma sede distrital para ir trabalhar naquele posto ainda que temporariamente.