Os parceiros de cooperação, que apoiam iniciativas de geração de energias limpas, afirmam que o programa de Promoção de Leilões de Energias Renováveis (PROLER) pode acelerar o investimento privado no sector.
Para Verlee Smet, Chefe de equipa da União Europeia, falando na abertura de um seminário sobre “Armazenamento e Integração de Energias Renováveis na Rede em Moçambique“, disse que o PROLER representa um novo paradigma na demonstração de que a transparência dos concursos pode promover uma concorrência sã entre os investidores.
“O PROLER poderá também ser reproduzido em outros países, num contexto semelhante. Uma delegação angolana está em Moçambique e aqui connosco para saber mais sobre esta experiência“, disse.
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Segundo Verlee Smet, a União Europeia tenciona co-financiar com a Alemanha, Suécia e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) a implementação de um centro nacional de despacho, considerado fundamental para a integração de energias renováveis variáveis.
Por seu turno, Ingmar Kreisl, da embaixada da Alemanha, afirmou que todos os programas financiados pela cooperação alemã visam fomentar a participação do sector privado na transição energética e no acesso à energia de acordo com os objectivos das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
A fonte referiu que o apoio ao desenvolvimento de mini-redes (GPE) tem um enorme potencial de promover acesso à energia a zonas rurais e de criação de negócios com base no novo acesso à energia.
Actualmente, apenas 38 por cento da população moçambicana têm acesso à rede eléctrica e nas zonas rurais apenas 8 por cento.
No entanto, o Governo tem comometa o acesso à energia sustentável para todos os moçambicanos até 2030. Para atingir esta meta, os parceiros entendem que será necessário aumentar significativamente a capacidade de geração de energia eléctrica no país.