Foi lançado recentemente um projecto denominado “ensino híbrido” na cidade da Beira, que tem como objectivo promover uma modalidade mista de ensino presencial e on-line, iniciativa que segundo os prelectores “veio para ficar” considerado a sua importância.
Para o Chefe do Departamento do Ensino Superior e Técnico Profissional de Sofala, Nilton da Fonseca, as instituições de ensino técnico em Moçambique devem criar ferramentas adequadas para poderem leccionar nos dois formatos, isto tudo sem dificuldade.
“É uma mais-valia porque permite que o estudante adquira conhecimentos mesmo que não esteja a 100 por ecento na sala de aula, mas desde que tenha os instrumentos necessários“, disse Nilton da Fonseca.
Segundo o que foi informado, esse programa vai abranger estudantes do ensino básico, médio e técnico-profissional em todo território moçambicano.
Por outro lado, para o Presidente da Associação Moçambicana de Educação Profissional Privada (AMEPP), Adelino Mathe, diz que com esse programa vai ser possível os alunos apreenderem os conteúdos em qualquer lugar que estejam.
“A expectativa é abranger todo o país(Moçambique) com formadores qualificados nos ensinos básico, médio e técnico-profissional“, explicou Adelino Mathe.
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Ainda no evento de lançamento, Mathe frisou que os técnicos do programa devem produzir conteúdos e inseri-los na plataforma através da qual o aluno possa acompanhar as aulas, e onde acrescentou que nessa primeira fase o sector pretende preparar um certo número de formadores, que depois vão dar continuidade ao processo quer na produção de conteúdos, bem como no funcionamento da plataforma e que contribua para uma educação de qualidade em Moçambique.
Hans Schoder, em representação da Cooperação Alemã e financiadora do projecto, disse que a sua instituição desembolsou mais de 10 milhões de meticais para garantir que esse projecto seja uma realidade em Moçambique.
“Sentimo-nos felizes em financiar o projecto porque vamos contribuir para que os alunos adquiram mais conhecimentos“, disse Schoder, acrescentando ainda que essa iniciativa surge à margem de um acordo de cooperação entre Alemanha e Moçambique.
De informar que devido a pandemia da Covid-19, o sector da educação de Moçambique teve que se reinventar e os alunos chegaram a estudar pelas redes sociais, como o WhatsApp, mas o que não era seguro, diferente agora com essa plataforma criada.