Moçambique já não faz emissões de radiodifusão e televisão analógicas

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Moçambique terminou com sucesso a migração digital com o desligamento, no dia 31 de Dezembro de 2021, de todos os emissores analógicos de radiodifusão e televisão, informa o jornal Notícias.

Com esse feito, o país cumpriu com a recomendação da União Internacional das Telecomunicações (UTI), de desligar o sinal analógico para o digital, embora com um atraso de vários anos, visto que o passo devia ter sido dado em 2015, o que não se realizou por razões económicas e estruturais.

A migração do sinal tinha sido prorrogado para 2017, primeiramente, mas chegou a ser de novo adiado para 2019, e onde só ano de 2021 foi lançado oficialmente o sinal de televisão digital em Moçambique.

Falando aos jornalistas, o Presidente do Conselho de Administração(PCA) da empresa de Transporte e Multiplexação de Transmissão(TMT), Victor Mbeve, disse que essa migração é um claro sinal positivo do país, embora que o processo tenha durado mais de 10 anos, devido as dificuldades enfrentadas durante a implementação do projecto.

como continente, deviamos ter concluído o desligamento, tal como recomendou a UTI, mas tivemos este arrastamento, já ultrapassado, uma vez que arede digital está operacional em todo o país” disse o Gestor.

Segundo ainda o PCA, grande parte da população moçambicana aderiu em massa a essa migração, resultado da venda de mais de 400 mil descodificadores, e onde a instituição que dirige tem registado muita procura nesses mesmos aparelhos.

Victor Mbeve acrescentou ainda que a televisão digital é muito vantajosa, visto que permite uma melhor qualidade de som e imagem até aos usuários, não esquecendo também da boa estabilidade do sinal, visto que não permite os chamados “fantasmas”  ou “chuva”.

agora os consumidores passam a ter uma vasta gama de escolhas de conteúdos de melhor qualidade, em termos de imagem e som. Os utentes da plataforma TMT dispõem de 22 canais oferecidos de forma gratuita” finalizou.

De referir ainda que essa migração digital decorreu em duas fases, onde a primeira abrangeu emissores analógicos localizados nas províncias de Nampula, Tete e cidade de Maputo.

Por outro lado, foram desligados igualmente emissores situados em Namaacha, Xai-Xai, Vilankulo, Chimoio, Quelimane, Ilha de Moçambique, Nacala, Pemba, Linchiga e Cuamba.

A segunda e última fase da migração digital foi implementada em Masinga, Marromeu, Monapo, Ribáué, Namialo, Ilha do Ibo, Chiúre, Mandimba, Majune, Ngauma, Lago, Zóbué e Songo.

 

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