A expansão das rádios comunitárias, a modernização tecnologicamente dos equipamentos das estações, a digitalização dos canais televisivos, formação do pessoal, estabelecimento de parcerias e a melhoria da gestão financeira, constam dos desafios na atuação do Instituto de Comunicação Social (ICS) nos próximos tempos.
A posição foi apresentada pela diretora-geral do ICS, Fárida Costa, no encerramento do XXVI Conselho Coordenador, que decorreu na cidade de Maputo.
“O balanço dos três dias do Conselho Conservador é positivo, na medida em que os relatórios espelham os desafios e objetivos a prosseguir na sede e nas delegações provinciais”, disse.
Costa explicou que no encontro foram apontados quatro desafios importantes a serem tidos em conta pela extensa máquina do ICS.
Consta no rol de recomendações a modernização tecnológica dos equipamentos das rádios comunitárias, a digitalização das TV e a sua expansão para zonas ainda sem cobertura.
“Precisamos também de aprimorar e pôr em funcionamento as plataformas digitais e colocar todos os conteúdos disponíveis para mais comunidades”, defendeu.
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Segundo a diretora-geral do ICS, outro desafio está ligado à formação dos colaboradores porque, na sua maioria, são jovens e precisam de conhecer perfeitamente a essência do ICS.
“E como a nossa bandeira é a comunicação para o desenvolvimento das comunidades temos a responsabilidade de produzir conteúdos de qualidade”, acrescentou.
A expansão das rádios comunitárias será feita dentro de um plano estratégico que envolve, cada vez mais a imagem institucional do ICS para que as comunidades e instituições conheçam os seus serviços.
Farida Costa referiu-se ainda à necessidade de parcerias com diversas instituições para alavancar a área financeira e a produção de programas.
“Outro ponto-chave é a gestão financeira rigorosa e transparente, respeitando a coisa pública”, afirmou.
Defendeu a urgência da reativação das duas rádios paralisadas, devido ao terrorismo em Cabo Delgado, logo que estiver normalizada a situação em Palma e Macomia. Alistou como constrangimento, nos centros de escuta, as barreiras linguísticas impostas pelas populações deslocadas.
No fim do evento, o ICS distinguiu a sua delegação no Niassa como a que teve melhor desempenho, seguida de Cabo Delgado e Manica.