[Moçambique] Desenvolvimento da internet aliado ao progresso de países

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A realização da segunda edição do Fórum de Governação da Internet é iniciativa do Instituto Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC) e parceiros comprometidos com a massificação das TICs no país.

Luís Canhemba, administrador-executivo do INTIC, explicou que o Fórum de Governação da Internet foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para permitir que os países comecem a discutir assuntos ligados ao desenvolvimento da internet, versus desenvolvimento das nações.

Hoje é incontornável falar da tecnologia quando pretendemos falar do desenvolvimento, e até das nossas vidas. É daí que a ONU cria esta plataforma de discussão da transformação digital e também da economia digital”, disse.

Explicou que os fóruns são de âmbito provincial, nacional e global, em que o mote das discussões é a internet. Ao nível nacional, Canhemba destaca como pontos fulcrais a acessibilidade, inclusão, custos, transações financeiras, segurança cibernética e outros elementos importantes na gestão financeira, recolha de dados e arquivos em nuvens.

O Fórum de Governação da Internet engloba não só entidades governamentais, como também a sociedade civil, sector privado e cidadãos de modo geral, como utentes destas novas tendências no mundo da comunicação.

Só para dar um exemplo, uma das questões levantadas nas províncias tem a ver com os custos. Se a internet é cara, como é que se pode garantir a inclusão? Como disse orador principal do evento, o engenheiro Bernardo Mariano, se nós não fizermos esse esforço de a internet chegar a todos, será muito complicado que os assuntos de desenvolvimento sejam globais e vamos criar elites”, citou.

A par dos desafios que ainda se impõem nesta matéria, Canhemba adiantou que existem projetos de transformação digital para a economia digital, com o propósito de ver a internet chegar a mais cidadãos.

Salientou que os desafios na massificação da internet em Moçambique são transversais e não competem unicamente ao INTIC, entidade que nesta matéria joga o papel de regulador, criando legislação capaz de tornar a internet mais acessível.

Existem outros intervenientes que dentro deste processo vão fazendo a sua parte, como a questão dos custos, infraestruturas”, terminou.

Empresas como Intel, Google, Cotur, TMCEL, Huawei, FDSMOZ e entidades como Banco Mundial, União Europeia, Banco Africano de Desenvolvimento estiveram representados no ato, demonstrando alguns serviços práticos da internet em benefício dos cidadãos.

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