O Governo Moçambicano é o mais recente país africano a aderir ao Fórum Aberto para Biotecnologia Agrária em África (OFAB), onde defendeu que o processo de geração de tecnologias deve ser suficientemente rápido para responder aos desafios impostos pelas constantes e rápidas mudanças climáticas.
Segundo o Vice-Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país, Olegário Banze, que falava no discurso de abertura do fórum, em Maputo, a ocorrência cíclica de eventos climáticos extremos passíveis de serem mitigados, em parte, pela implementação da biotecnologia agrária, através de maior provimento de alimentos à população.
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Para o gestor público, a adesão de Moçambique à iniciativa OFAB é uma oportunidade para a criação de uma plataforma permanente e regular, onde todos os intervenientes e interessados na área da biotecnologia agrária, que se encontram para discutir e propor formas para maior entendimento e promoção do uso das soluções tecnológicas e produtos gerados com recurso ao uso da biotecnologia não só em Moçambique, mas no resto de África.
De informar que antes de Moçambique, o OFAB já é implantado em outros oito países africanos, nomeadamente Quénia, Gana, Nigéria, Etiópia, burquina Faso, Uganda, Tanzania e Ruanda, e onde o próximo país a aderir a iniciativa é o Malawi.
Para o Director-Executivo da Fundação Africana de Tecnologias Agrárias, (AATF, na sigla inglesa), Canissius Kanangire, a adesão de Moçambique a OFAB é um marco histórico, não só para o país, como também para a SADC e o resto de África.