Foi lançado recentemente no país um aplicativo móvel que visa tornar os partos mais seguros e ajudar a diminuir a mortalidade materno-infantil.
Denominado Parto Seguro, o aplicativo que está disponível na língua portuguesa e criado na Dinamarca, já é usada em outros países africanos, sendo que consiste numa ferramenta digital que pode ser usada em zonas remotas, visto que é acessível sem estar ligada à Internet.
Segundo o que foi revelado no evento de apresentação da solução tecnológica, na província do Namibe, a versão do aplicativo que vai funcionar em território nacional é desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MINSA) e pelo Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), em convénio com a organização Maternity Foundation, e será usada, numa primeira fase, por 240 profissionais de saúde das regiões afetadas pela seca no sul do país.
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Para o representante do MINSA, Hilário Cassule, a redução da mortalidade materna e infantil é uma das prioridades do executivo angolano, que estabeleceu como meta a redução em 50% destas taxas e o aumento em 80% da cobertura de partos institucionais.
Hilario Cassule referiu ainda que a mortalidade materna institucional caiu para metade entre 2017 e 2021, passando de 377/100.000 nascidos vivos para 187/100.000 nascidos vivos, números que considerou ainda assim preocupantes.
“A maioria das mortes maternas são evitáveis“, destacou o responsável.
O diretor provincial de Saúde, Miguel Pedro Ferreira, salientou igualmente que as autoridades locais têm apostado na redução drástica da mortalidade materno infantil, sublinhando o trabalho de sensibilização das comunidades.
Um dos programas de saúde reprodutiva a nível provincial passa precisamente pela sensibilização das comunidades no sentido de procurarem unidades sanitárias para o parto, afirmou, reconhecendo que o fator cultural “belisca a dinâmica clínica, porque culturalmente a mulher tende a realizar o seu parto em casa”.