O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Manuel Homem, informou no princípio dessa semana, que o desenvolvimento do Angosat-2 segue actualmente sem constrangimentos, e onde o sector que dirige está preparado para os desafios do novo ano, isto é, em 2022.
Manuel Homem proferiu essa linha de pensamento quando fazia a análise do estado actual do ministério, com destaque principalmente para a situação da comunicação social e sua modernização, bem como a condição dos seus funcionários, assim como sobre as telecomunicações no ano de 2021, e perspectivando o ano de 2022.
Ainda falando no sector das telecomunicações, o Governante Angolano frisou também sobre o programa espacial nacional, destacando que o desenvolvimento do Angosat-2 continua em curso e que todas as questões relacionadas ao projecto estão totalmente acauteladas.
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Na ideia de Manuel Homem, o Angosat-2 vai melhorar o nível de cobertura dos serviços de telecomunicações colocados à disposição dos cidadãos.
Ainda na mesma cobertura de imprensa, e quanto aos possíveis problemas no processo de desenvolvimento do satélite angolano, o Ministro disse não haver nenhum constrangimento, até ao momento, e onde observou que as equipas dedicadas ao projecto estão empenhadas no cumprimento do cronograma, que prevê, entre outros pontos, a conclusão e o lançamento do satélite, o que poderá ocorrer já no primeiro semestre deste ano.
“As equipas técnicas estão empenhadas para que no cronograma estabelecido (primeiro semestre de 2022) possamos ter o satélite concluído e em órbita,” disse o ministro.
Segundo o que a redacção do MenosFios apurou, o Angosat-2 está feito acima dos 60%, e tem algumas inovações e correcções dos erros cometidos no Angosat-1, nomeadamente uma transmissão sete vezes mais do que o primeiro aparelho, que tinha 16 “transponders” (retransmissores) na Banda C e seis na Banda KU.
O Angosat-2 terá ainda seis “transponders” na Banda C, 24 na Banda KU e, como novidade, será acrescentado um retransmissor na Banda KA.
Com o peso total de duas toneladas, o Angosat-2 será ainda um satélite de Alta Taxa de Transmissão (HTS) e disponibilizará 13 gigabytes em cada região iluminada (zonas de alcance do sinal do satélite). O satélite será baseado na plataforma Eurostar-3000 e o tempo de vida útil será de 15 anos.
A construção deste novo satélite não trouxe custo para o Estado angolano, pelo facto de o contrato de mais de 300 milhões de dólares, rubricado com a parte russa, para construção do Angosat-1, ter acautelado os interesses de Angola, em caso de desaparecimento ou destruição do satélite.