Realizou-se na última quinta-feira, na Escola Nacional de Administração Pública(ENAPP-EP), a primeira sessão de auscultação da criação de uma Plataforma Digital de Inovação Tecnológica, organizada pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia de Informação em convénio com o PNUD, e na qual o Menos Fios esteve presente.
A mesa redonda que teve abertura de Jorge Portugal, CEO da Cotec(Portugal) e de testemunho de Torben Rankine, Partner LBC, San Francisco, contou com a presença de vários membros da sociedade civil angolana, desde académicos, empresários e gestores públicos que deram o seu parecer sobre a criação de uma Plataforma Digital de Inovação Tecnológica, e como o mesmo pode envolver vários stakeholders nacionais, de modo a todos tirarem um melhor e bom aproveitamento do referido projecto.
O evento contou com boas intervenções dos presentes, cujo analisaram e deram o seu parecer sobre os objectivos que deve guiar essa plataforma digital de inovação tecnológica, bem como as suas inquietações sobre os desafios da inovação no mundo e em África e as políticas que devem envolver esse portal de inovação.
Do lado do MESCTI esteve o consultor Jone Heitor, que deu também o seu parecer de como essa instituição pública tem tentado promover a inovação em Angola e as ideias desse mesmo portal, de acordo com as políticas implementadas pelo Executivo de João Lourenço, Presidente da República.
De informar ainda que a auscultação contou com um extenso intervenientes de vários sectores público, privado e académico, de modo a facilitar a circulação e a transferência de informação, de tecnologia e de conhecimento, bem como Fazer a ligação entre a oferta e a procura, agilizando parcerias entre instituições produtoras de conhecimento
e de tecnologia, e empresas que pretendem soluções inovadoras para o seu desenvolvimento ou expansão.
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Outro motivo da criação dessa pequena cerimónia foi proporcionar o acesso público a
ferramentas e conteúdos úteis sobre empreendedorismo e inovação, actualizados e disponíveis num único local.
Pelo que foi abordado durante quase duas horas de auscultação, viu-se respondido às necessidades de transferência de tecnologia e de conhecimento por parte das
instituições de ensino superior (IES) e apoiar o fortalecimento das suas relações com empresas do sector privado (sobretudo das áreas de produção e de serviços) no sentido de fomentar a investigação científica e o empreendedorismo a nível académico (semelhante a RTTI).
Acrescentar ainda, que a auscultação teve também como resultado responder às necessidades de empresas de grande dimensão, PME e startups, para que tenham acesso a novos desenvolvimentos científicos e a tecnologias produzidas localmente, bem como a informação útil e a open data; e para que identifiquem com facilidade potenciais parceiros, funcionários e investidores para o desenvolvimento de novos produtos, processos, aplicações, materiais e serviços, estimulando assim o seu crescimento e expansão.