Mineração ilegal de Criptomoedas: Angola encerrou dezenas de estaleiros em 10 meses

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Nos últimos tempos em Angola, tem se verificado um grande combate e desmantelamento aos centros de mineração de criptomoedas, quanto aos dados actuais, até ao momento já foram desmantelados, nos últimos dez meses, 41 estaleiros clandestinos de mineração de criptomoedas, em todo o país, e detiveram pelo menos 100 pessoas, maioritariamente chineses.

O caso mais recente foi divulgado no dia 04 de Março de 2025 pelo SIC, tratando-se da apreensão, em Luanda, de oito contentores de equipamentos de mineração de criptomoedas, descoberto na centralidade do Kilamba,  avaliados em quase 17 milhões de dólares (15,2 milhões de euros).

Segundo o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, o espaço, com uma dimensão de 10 hectares, pertence a um cidadão chinês, que se encontra foragido. Em declarações à imprensa, Manuel Halaiwa disse que os materiais apreendidos, de alta precisão, usados e novos, totalizam cerca de 17.000 processadores `panda mining`, avaliados entre 1000 dólares (895,6 euros) os antigos, o equivalente a 848.064,14 Kwanzas no câmbio do Banco Nacional de Angola, e 1.400 dólares (1.253 euros), os novos, o equivalente a 1.186.494,39 Kwanzas no câmbio do Banco Nacional de Angola

O porta-voz do SIC destacou que, como o SIC tem intensificado a luta contra esta atividade ilegal, os implicados têm procurado por locais menos suspeitos, deixando “passar a pressão atual” e, a seu tempo, instalarem naquele local um centro de alta dimensão. De acordo com Manuel Halaiwa, a atividade de mineração de criptomoedas “é super lucrativa” e, caso viesse a funcionar este centro, o rendimento mensal deveria rondar os 17 milhões de dólares (15,2 milhões de euros), calculando que cada processador “consegue minerar entre 35 (31,3 euros) e 37 dólares (33,1 euros)/dia.

Em um artigo de opinião partilhado no Linkedin por Crisóstomo Mbundu, o mesmo mostra que Angola lidera Mineração de Criptomoedas em África com uma Taxa de Hash Bitcoin de 0,04%, segundo o ranking divulgado num estudo elaborado pela Universidade de Cambridge. Dentro desse artigo surge ainda uma pergunta com a sua resposta: Quais são os principais factores que atractividade para mineração de criptmoedas em Angola?

Os factores que engloba a resposta dessa questão foi ainda subdividida em varias partes:

  1. O baixo custo da produção energética: O custo da produção energética em Angola é um dos mais baixos do mundo, o que torna o país mais atraente para actividade de mineração que exigem grandes quantidades de energia.
  2. Alta capacidade de conectividade internacional: Angola actualmente tem condições para se ligar aos principais centros de dados no mundo com tempo de acesso (Latência) inferior a 200 ms, sendo que para a América Latina estamos a falar de 65 ms, para os EUA 190 ms.
  3. Número de Datacenters na Região: Electrificar centros de processamento de criptomoedas não exige apenas tecnologias de ponta, mas também grandes quantidades de energia eléctrica, além de manter a temperatura em níveis apropriados para um centro de processamento eficaz.

Portanto nota-se que temos sim qualidades para nos tornarmos um Hub de mineração dentro do continente, e na minha opinião pessoal temos potencial energético para tal, sem esquecer que temos muita capacidade e défice na distribuição, podemos muito bem aproveitar e vender para esses grandes consumidores e arrecadar valores para os cofres.

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