Microsoft detetou código maligno dirigido a redes informáticas da Ucrânia

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A Microsoft declarou ontem(16) ter detetado uma operação de ‘malware’ (código maligno) dirigido a redes informáticas governamentais e privadas da Ucrânia, com um “alto risco” de as deixar “inutilizadas”.

Segundo um relatório publicado no jornal The New York Times, o Centro de Inteligência contra Ameaças da Microsoft (MSTIC) identificou pela primeira vez este código maligno na passada quinta-feira.

O relatório da empresa tecnológica diz que se trata de uma espécie de programa de sequestro que está pensado para ser “destrutivo” e desenhado para deixar inutilizados os dispositivos afetados.

Face à escala das intrusões verificadas, a MSTIC não é capaz de avaliar a intenção das ações destrutivas identificadas, mas acredita que essas ações representam um risco grande para qualquer agência governamental, ou organização com sistemas na Ucrânia“, diz a Microsoft.

De informar que o Governo da Ucrânia acusou a Rússia de ser a responsável pelo ataque cibernético sofrido por várias redes de internet estatais ucranianas nas noites de quinta e sexta-feira.

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Hoje podemos dizer que todas as provas apontam para que seja a Rússia que está por detrás do ciberataque. Moscovo continua a travar uma guerra híbrida e está apostando, de uma forma ativa, as suas forças na esfera da informação e do ciberespaço“, acusou o Ministério da Transformação Digital da Ucrânia, em um comunicado publicado na internet.

O ministério ucraniano indicou que o Serviço Especial de Comunicações do Estado, o Serviço de Segurança da Ucrânia e a Polícia Cibernética continuam a investigar o ataque que afetou cerca de 70 páginas oficiais do Governo, mas ressalvou que até agora todas as suspeitas apontam para a Rússia.

As tropas cibernéticas da Rússia trabalham frequentemente contra os Estados Unidos e contra a Ucrânia, recorrendo ao uso da tecnologia para agitar a situação política“, refere a nota do Governo ucraniano.

Pelo que se soube, até ao momento, o ciberataque afetou cerca de 70 páginas da internet ucranianos, entre elas de ‘sites’ do gabinete de ministros, de ministérios e do serviço de emergências.

Nessas páginas, os atacantes publicaram um anúncio intimidatório em ucraniano, russo e polaco.

A União Europeia (UE) já condenou o ciberataque e afirmou que o bloco comunitário vai “mobilizar todos os recursos” para ajudar Kiev perante um ataque que já era temido.

Infelizmente, já esperávamos que isto pudesse acontecer. Evidentemente, não podemos apontar o dedo a ninguém, pois não temos provas, mas podemos imaginar” quem está por detrás do ciberataque, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, à entrada para uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da UE em Brest, França, marcada, entre outros assuntos, pelas tensões a leste, entre Ucrânia e Rússia.

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