A criação de projectos de conectividade africana que se encontram em desenvolvimento vai permitir que África consiga ser transformado num Mercado Digital Único, de acordo com as palavras de Mário Oliveira, o secretário de Estado das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.
O dirigente que falava no 5º encontro do Conselho de Ministros da Smart África, disse que a conectividade do ponto de vista geográfico de Angola conta com dois cabos submarinos internacionais (SACS e LEX), que actualmente desempenham um papel importante nos países internos de África sem saída para o mar e facilitar o escoamento.
Ao falar aos jornalistas no final do encontro, que foi em formato virtual, Mário Oliveira passou em revista tudo quanto foi decidido no quarto encontro e analisou um conjunto de perspectivas, projectos que constam na carteira de desenvolvimento da instituição.
O secretário de Estado informou ainda que o objectivo principal desse 5º encontro é fazer o balanço dos projectos de maior destaque no processo de rectificação do acordo que estabelece a Smart África, sem esquecer a Estratégia Trienal para Smart África 2023/2025. Mário Oliveira destacou também alguns projectos da plataforma, como o apoio aos empreendedores e às startups, conectividade à comunidade africana, compra de capacidade de Internet, Fundo para o Desenvolvimento de Startups e Tecnologias da Smart África.
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Esclareceu, ainda, que o projecto de conectividade para 2030 vai marcar o desenvolvimento das telecomunicações e tecnologias de informação africana, para interligar o continente e criar vantagens nos sectores Económico, Social e Comercial, avançando que a plataforma da Smart África abrange todos os países africanos e, na zona da África Austral, encontra-se bem representada por conta do contributo de Angola.
Essa 5º Reunião do Conselho de Ministros das Tecnologias de Informação e Comunicação (CMICT) da Smart África, que se realizou nos formatos presencial e virtual, no Congo Brazzaville, contou com a participação presencial dos representantes da AFRINIC (que é o Registo Regional da Internet na República da Maurícia, Zâmbia, Cote D´Ivoire, RDC, Benin, Zimbabwe, Kenya, Tchad, Djibouti, Ghana, Serra Leoa e Egipto).
Já no formato virtual, a reunião contou com a participação de Angola, Ruanda, Mauritânia e Burkina Faso.
A Smart África é presidida pelo presidente do Ruanda, Paul Kagame, e é coordenada pelo Congo Brazzaville.