A Rede de Mediatecas de Angola (REMA) vai ser transformada em centro de formação profissional, nos próximos tempos, segundo o director da instituição, Bengui Sauca.
O dirigente que falava nas festividades do 10º aniversário da REMA, sob o lema “O impacto da REMA no processo formativo e integração juvenil na sociedade”, frisou que a transformação em centros de formação profissional se deve à necessidade de instrução da juventude, para facilitar a sua inserção no mercado de trabalho.
Bengui Sauca informou que já existe um programa específico no plano director da instituição que visa a formação profissional.
“Vamos trabalhar, também, com o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), para o reconhecimento dos cursos e certificação dos diplomas”, disse o Director.
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As dificuldades que as mediatecas ainda enfrentam, como, por exemplo, falta de actualização constante dos acervos bibliográficos, com vista a responder às exigências dos utentes, foi um outro assunto destacado por Bengui Sauca.
“O custo de construção de uma mediateca varia entre 700 a 800 milhões de kwanzas”, disse o director da REMA, acrescentando que as quotas mensais que recebem são insuficientes para todas as necessidades, sendo que os estatutos das mediatecas permitem arrecadar receitas por via da rentabilização dos espaços que possui, o que tem ajudado a mantê-las.
Bengui Sauca defende ainda a necessidade de uma gestão público/privada na REMA, para que os objectivos definidos sejam alcançados e as mediatecas deixem de depender totalmente do Orçamento do Estado.
De informar que Angola possui oito mediatecas fixas, em Benguela, Luanda, Lubango (Huíla), Huambo, Saurimo (Lunda-Sul), Soyo (Zaire), Cunene e Bié, e seis móveis ou de proximidade, em várias províncias. O acervo bibliográfico das mediatecas nacionais é composto por 73.200 exemplares no formato físico, além de milhões no formato digital. Mensalmente, as mediatecas recebem entre 50 a 60 mil visitas. A REMA conta com 320 funcionários, dos quais 90 pagos com receitas próprias.