A Intel está a investigar um suposto vazamento de mais de 20 GB de documentos internos da empresa na internet. A fabricante de chips americana ainda tenta entender como os arquivos se tornaram públicos e estavam disponíveis para download na plataforma Mega.
Os documentos foram partilhados por um engenheiro de software de nome Till Kottmann, que disse tê-los obtido por via de uma fonte que (alegadamente) conseguir invadir os sistemas da empresa em maio deste ano. Mais ainda, é referido que está a caminho uma nova vaga de documentos internos.
“Estamos a investigar esta situação. A informação parece vir do Intel Resource and Design Center, que armazena a informação para uso dos nossos clientes, parceiros e outras partes que se registem para acesso. Acreditamos que um indivíduo com acesso descarregou e partilhou estes dados”, pode ler-se no comunicado da Intel.
Alguns dos documentos contém especificações técnicas, guias de produtos e manuais para CPUs com data de 2016. Até sexta-feira, as ações da companhia americana haviam recuado 1,36% e eram negociadas por volta de 47,95 dólares. Avaliada em 203,7 bilhões de dólares, a companhia americana opera em queda de mais de 20% no valor das suas ações na Nasdaq desde o começo do ano.
Um estudo realizado em 2019 pela consultoria americana Audit Analytics com a análise de mais de 600 brechas de segurança digital de empresas de capital aberto desde 2011 aponta que, em média, cada vazamento de dados gera um prejuízo de 116 milhões de dólares para as companhias.