Um software malicioso chamado WannaCry lançou o caos em empresas de todo o mundo, em 2017, após ter infetado e bloqueado dezenas de milhares de computadores. Estima-se que os prejuízos provocados por este sistema de ransomware tenham chegado aos quatro mil milhões de dólares.
“Estatisticamente, estes ataques acontecem a cada seis, sete anos. Vulnerabilidades
como o EternalBlue (que permitiu o WannaCry) são raras. A razão pela qual fazemos esta previsão é porque os mais sofisticados grupos de piratas informáticos têm pelo menos uma vulnerabilidade destas (guardada)”, sublinha David Emm, analista da Kaspersky.
Segundo a tecnológica, a tensão geopolítica que se vive atualmente pode levar a ataques diretos entre grupos de piratas informáticos e fazer surgir os detalhes de vulnerabilidades para o grande público, o que abriria portas para um ataque de escala semelhante ao WannaCry.
Mas há mais. A Kaspersky prevê ainda um aumento significativo do número de ataques destrutivos. Estes são ataques cujo objetivo principal é, apenas e tão somente, provocar estragos – se possível, irreparáveis – nos alvos.
Mas aquela que é talvez a previsão mais ‘fora da caixa’ da Kaspersky para 2023 são os ataques informáticos contra satélites. Mais especificamente, a empresa está convencida de que “vão aumentar ataques a tecnologias, produtos e operadores de satélites”.