Os jovens angolanos devem apostar na formação tecnológica, técnica e profissional, de modo a garantirem o autoemprego, através de iniciativas empreendedoras, segundo a vice-governadora do Uíge para o Sector Político, Social e Económico, Sónia Cahombo.
Falando no ato de abertura da 3ª edição da Feira de Inovação Tecnológica, evento que teve como objectivo descobrir talentos no ramo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na região, avançou que o Governo Angolano está ciente que, não havendo capacidade de absorver todos no mercado de emprego, os jovens, com conhecimentos em tecnologia, podem criar o seu próprio negócio ou microempresas e poder, também, empregar outros que esperam por uma oportunidade.
A governante valorizou a iniciativa, promovida pela FETFOPE (Feiras do Ensino Técnico, Formação Profissional e Empreendedorismo), na medida em que, referiu, serve de oportunidade para que os empreendedores e estudantes de várias escolas do ensino técnico e formação profissional possam trocar experiências e apresentar projetos, produtos e serviços.
“Agradecemos à FETFOPE pelo projeto, porque os jovens vão poder mostrar ao país e não só tudo que estão a aprender nas escolas do ensino técnico, para terem o seu emprego, no futuro”, referiu, lembrando mais adiante que na província do Uíge existem vários projetos que estão a contribuir na formação profissional dos jovens, muitos dos quais já enquadrados em distintos sectores.
MAIS: Aposta na formação de jovens na área das TICs está a frutos, garante Governo
“Temos dados bastante satisfatórios, porque muitos jovens conseguiram emprego e os rendimentos têm servido para o seu sustento e das famílias”, frisou a vice-governadora, que visitou e conversou com a maior parte dos 100 expositores.
Alguns expositores, com destaque para os inventores, abordados pelo Jornal de Angola, não esconderam a satisfação por terem a oportunidade de apresentar as suas criações e projetos tecnológicos.
Manuel Kuyeka, 19 anos, que faz parte de um grupo de estudantes afetos ao Instituto Médio Politécnico do Uíge, denominado “Manuel Quarta Punza”, que levou à feira um moedor de amendoim elétrico, feito à base de materiais reciclados, disse que o equipamento, avaliado em 375 mil kwanzas, tem uma bateria e um alternador, podendo ser utilizado em zonas onde não há energia elétrica.
Outro grupo de estudantes do mesmo instituto apresentou, na feira, um “Software”, que pode ajudar os agricultores na determinação dos períodos propícios para a plantação e colheitas, bem como a natureza dos solos para o plantio de distintos produtos.