O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta sexta-feira (04/06), uma ordem executiva que mantém a Huawei na lista de restrições comerciais dos Estados Unidos, e expandiu para 59 o número de empresas de origens chinesas que estão impedidas de receber apoio de empresas ou investidores norte-americanos.Esta medida, que está a ser recebida com fúria em Pequim, surge, segundo o governo, como uma expansão da lei criada pelo governo anterior, mas que apresentava algumas falhas. O Departamento do Tesouro aplicará e actualizará numa “base contínua” a nova lista de cerca de 59 empresas, que proíbe a compra ou venda de títulos negociados publicamente em empresas-alvo, e que substitui uma lista anterior do Departamento de Defesa.
Acho que o uso de tecnologia de vigilância chinesa fora da República Popular da China e o desenvolvimento ou uso de tecnologia de vigilância chinesa para facilitar a repressão ou abusos graves dos direitos humanos constituem ameaças incomuns e extraordinárias
Esse novo capítulo do confronto entre as duas super-potências é um dos golpes mais fortes em diversas empresas asiáticas, dentre elas a Huawei, que ainda era uma dúvida sobre como o governo trataria a gigante chinesa. As novas sanções entrarão em vigor a partir do dia 02 de agosto e tem como alvo as empresas que têm suspeitas de ligações com o Partido Comunista Chinês.
Na lista, destaca-se ainda outras empresas de tecnologias, como a HiVision — uma das maiores fornecedoras de sistemas de vigilância do mundo — e a fabricante de semicondutores SMIC.
Em relação ao bloqueio à HiVision, Joe Biden destaca, ainda, a suposta atuação da empresa em casos de repressão contra uigures (povo de origem turcomena) e as violações aos direitos humanos: “Acho que o uso da tecnologia de vigilância chinesa fora da RPC (República Popular da China) e o desenvolvimento ou uso da tecnologia de vigilância chinesa para facilitar a repressão ou graves violações dos direitos humanos constituem ameaças incomuns e extraordinárias.”
[…] recordar que o presidente norte-americano, Joe Biden, desde que entrou no poder, manteve sempre os esforços iniciados pelo antecessor Donald […]