Um novo relatório da União Internacional de Telecomunicações (ITU), diz que embora a tecnologia 5G possa revelar novas experiências e modelos económicos significativos, há preocupações de que a nova tecnologia possa ser prematura.
A ITU afirma que, embora seja possível defender um investimento de 5G em uma cidade grande, será mais difícil argumentar a favor do investimento em áreas rurais. As áreas rurais e suburbanas são menos propensas a colher os benefícios da implantação do 5G, potencialmente ampliando o fosso digital.
O relatório do cenário 5G, que teve como foco: oportunidades e desafios, divulgado na conferência ITU Telecom World 2018 em Durban, África do Sul, diz que terá de haver um investimento significativo antes de colher os benefícios da nova tecnologia.
O relatório sugere uma perspectiva cautelosa, e diz que a indústria e os formuladores de políticas deveriam, ao contrário, melhorar a disponibilidade e a qualidade das redes 4G já existentes. “A necessidade de 5G não é imediata. Os formuladores de políticas e operadores devem considerar apenas a implantação de redes 5G onde há uma demanda ou um caso comercial robusto em favor de fazê-lo“, disse o relatório.
Espera-se que as redes comerciais 5G comecem a implantação após 2020, quando os padrões 5G forem finalizados. A GSM Association espera que as conexões 5G alcancem 1,1 mil milhão de pessoas, ou cerca de 12% do total de conexões móveis, até 2025. Também prevê que a receita geral da operadora cresça a uma taxa de 2,5% até 2025.
As normas Internacionais de Telecomunicações Móveis 2020 (IMT-2020), um termo desenvolvido pelo sector de radiocomunicações da ITU em 2012, prevê um pico de taxa de dados entre 10 e 20 gigabits por segundo para o aumento da banda larga móvel. Para áreas urbanas de cobertura ampla, prevê-se que um usuário tenha taxas de dados de 100 megabits por segundo.