O autor do livro “Economia de Angola: digressão pela génese da industrialização nacional”, lançado recentemente no Memorial Agostinho Neto, Edmar Sousa que é também economista, diz que Angola só poderá desenvolver uma industrialização sustentável com alguma tecnologia “parcialmente” produzida localmente.
Edmar Sousa justifica que ao longo da pesquisa verificou alguma abordagem de História Económica e abrange o período da década de 1960 ao início do século XXI, “portanto, pouco ou nada se verifica acerca de inovação tecnológica neste período”, pelo menos comparando com a tecnologia dos dias de hoje.
“No entanto, se formos falar sobre os dias de hoje não pudemos ignorar o contributo da inovação tecnológica para o desenvolvimento sócio-económico dos países“, disse.
O escritor caracterizou a industrialização de Angola como altamente concentrada num único sector e por consequência pouco diversificada, por quanto defende que o sector petrolífero, tal como qualquer outro, deve ter um crescimento sustentável. Mas é positivo em relação à sustentabilidade do sector e a calcular o país que até 2050 o país possa alcançar um nível de industrialização mais alto, apesar dos problemas económicos e estruturais atuais.
“Sim, o desenvolvimento de qualquer economia carece sobretudo da vontade política (do grego politikos, designando cidadão que habita na cidade ou sociedade organizada), ou seja, da boa vontade de cada um dos cidadãos em fazer o seu melhor para benefício da sociedade nas suas atividades diárias“, referiu.