A Organização Internacional da Polícia Criminal (INTERPOL, sigla em inglês) vai formar quadros angolanos em matérias de crimes financeiros e cibernéticos, com programas concebidos para África e poderem ser utilizadas pelas autoridades judiciais angolanas, segundo o presidente da Interpol, Ahmed Al Raisi.
Falando no final de um encontro com o presidente do Tribunal de Contas, Sebastião Gunza, o responsável frisa que a Interpol registaregista um aumento exponencial de crimes financeiros em África por via cibernética e da corrupção.
Sendo assim, Ahmed Al Raisi aconselha os órgãos operadores de justiça em Angola a fazerem recurso à oferta formativa, em matérias relacionadas aos crimes financeiros.
“Peço que usem os mais de 20 cursos que temos disponíveis a vosso favor”, disse Ahmed Al Raisi.
Já Sebastião Gunza, mostrou-se satisfeito com a proposta apresentada pelo líder da INTERPOL e referiu que Angola tem vários desafios pela frente e que faz todo o sentido a aposta no desenvolvimento das competências do capital humano.
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De informar que Ahmed Al Raisi foi um dos principais oradores da 26ª Conferência Regional Africana da Interpol, realizada na capital do país, Luanda, e cujo mote passa pela troca de experiência e fortalecimento da cooperação policial internacional.
Durante o evento, os participantes abordaram os desafios atuais da criminalidade transnacional, a aplicação de leis sobre o terrorismo, cibercrime, crime financeiro e corrupção, tráfico de seres humanos e pirataria marítima.
A Conferência Regional Africana da Interpol contou com a participação de 350 delegados de países africanos, dos Estados Unidos da América, Canadá, Reino da Grã-Bretanha, Austrália, Qatar, Sérvia, Guatemala e do Brasil.