A Organização Internacional de Polícia (Interpol) avisou esta terça-feira (02/8) que o crime informático aumentou de forma “alarmante” durante os primeiros quatro meses do ano, em plena crise sanitária, com ataques dirigidos a pessoas que trabalham em casa, empresas e Governos.
De acordo com a Interpol, os criminosos aproveitam as falhas de segurança das companhias e dos organismos que tiveram de adaptar os sistemas informáticos, roubando dados, dinheiro ou criando perturbações.
Jurgen Stock secretário-geral da Interpol, avança que “o crime informático está a desenvolver-se e os ataques estão a incrementar-se a um ritmo alarmante, explorando o medo e a incerteza causada pelas falta de estabilidade social e a situação económica provocada pela pandemia de SARS CoV-2“.
Segundo o Jurgen Stock, a dependência da internet “em todo o mundo” está a criar “novas oportunidades” aos delinquentes, sobretudo a pessoas e empresas que não têm sistemas de segurança actualizados.
No período entre janeiro e abril, a Interpol detectou 907.000 mensagens de correio “spam”, 737 incidentes relacionados com programas malignos e mais de 48 mil episódios ligados à instalação de vírus informáticos.
A Interpol alerta que a elevada circulação de informação falsa que se chega rapidamente ao público, com “teorias de conspiração” e informação sem qualquer tipo de verificação “contribuíram para a ansiedade das comunidades e, em alguns casos, facilitaram a execução de ataques informáticos”. Também se constatam fraudes relacionadas com medicamentos, mensagens de texto com ofertas sobre alimentação gratuita ou descontos em vários produtos.