O uso benéfico da Inteligência Artificial (IA) pode ajudar a desenvolver tecnologias capazes de preservar a privacidade do cidadão e das instituições, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
Para o responsável, que falava na abertura do seminário sobre “Proteção de Dados Pessoais em Angola; Superação de Desafios e Exploração de Horizontes, organizado pela Agência de Proteção de Dados (APD)”, informou que o tratamento de dados pessoais constitui a base essencial para as atividades humanas, destacando, especialmente, as de âmbito da Economia Digital, que ocorrem em todos os países.
Mário Oliveira sublinha que é necessário que todos os intervenientes da sociedade, público e privado, trabalhem em sintonia e adotem uma cultura de transparência, para que o cidadão tenha a clara perceção de que os dados estão a ser tratados de forma ética e segura.
Segundo o governante, a recolha, armazenamento e utilização inadequada de dados pessoais podem causar sérias consequências na vida das pessoas, comprometendo não apenas a privacidade, mas também a liberdade e dignidade, enquanto ser humano.
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De acordo com o ministro, o uso abusivo das tecnologias emergentes, nomeadamente a AI e a Tecnologia de Reconhecimento Facial, tem implicações sociais, económicas, jurídicas e éticas, bem como podem ser usadas indevidamente em práticas discriminatórias.
O governante apelou, também, à ação coletiva para a edificação de uma sociedade segura, assente numa infraestrutura tecnológica, capacidade institucional, consciencialização e educação dos cidadãos, de modo a reduzir atitudes negligentes.
No intender do ministro, é necessário um investimento numa segurança mais adequada, em particular a Cibersegurança, para um ambiente favorável à vida de todos, promovendo a perceção da privacidade ajustada à ética e aos direitos fundamentais.
O seminário contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais, com experiência neste sector.