Uma das notícias mais debatidas em Maio: Presidente da República aprova construção do AngoSat-3, o 3º Satélite Angolano, ou seja, o 3º investimento directo em satélites para Angola.
Como Angola tem acesso à serviços via satélite actualmente?
As empresas de telecomunicações em Angola fazem contratos directos com os gigantes da indústria de satélites: Intelsat, Eutelsat, Inmarsat, Telesat… é um mercado aberto e, em princípio, as companhias angolanas podem procurar os contratos com melhor custo benefício.
O “jogo” das divisas
A “crise cambial” em Angola fez com que as empresas abrissem os olhos: não é tão simples pagar dezenas de milhares de dólares todos os anos para manter as comunicações via satélite a funcionar.
Fibra é a salvação?!
Nos acesos fóruns de debate online/tv/rádio, podemos encontrar pessoas a indicarem uma alternativa: vamos esquecer os satélites e apostar na fibra óptica em todo o país e vamos poupar dinheiro. Mas, será que pouparemos mesmo?
Ligações via fibra para as principais cidades do país, é um plano perfeitamente possível. A maior operadora de telefonia móvel em Angola conseguiu avançar bastante nesse sentido, mas os custos para a fibra na última milha (para o cliente final), pode tornar esse investimento pouco atractivo pra outras empresas.
AngoSat-1, a iniciativa certa
No dia 26 de Dezembro de 2017, o Angosat-1, o primeiro satélite angolano foi colocado em órbita a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão (Rússia), quatro meses depois do lançamento, houve a confirmação oficial da “perda irreversível do ANGOSAT- 1” que colocaria Angola como sétimo país africano a ter um satélite próprio de comunicações em órbita. O primeiro satélite angolano contava já com 40 por cento da sua capacidade reservada para as operadoras, 10 por cento para os serviços de segurança e defesa nacionais e outros 10 por cento para acções sociais (como sectores da Educação e Saúde e pequenos negócios). Como previa o acordo, o AngoSat-2 está a ser construído, com previsão de lançamento para 2020.
Mas, voltemos ao ponto central: o que os leitores do MenosFios acham sobre o investimento no AngoSat-3?
63.6% dos seguidores do MenosFios que responderam ai inquérito não consideram um bom investimento o AngoSat-3.
O plano de desenvolvimento nacional 2018-2022 faz várias referências ao uso de satélites para o crescimento do país. Se o plano for seguido à risca, o investimento terá retorno: garantir que as comunicações estejam disponíveis para os pontos mais recônditos do país e aplicar em educação, saúde, agricultura…
Se não participou do nosso inquérito, ainda vai a tempo de responder nos comentários: AngoSat-3, um bom investimento?