Seis anos depois de serem instalados os primeiros pontos de acesso à internet gratuita do projecto Angola Onlie, nas ruas da capital do País, os utilizadores reclamam que os serviços em muitos pontos ainda estão inactivos e naqueles onde funciona a internet é lenta.
Os usuários foram unânimes quanto à fraca qualidade e à inconsistência do serviço. A internet gratuita não proporciona apenas momentos de entretenimento aos usuários, mas também facilita as pesquisas para a realização de trabalhos académicos.
Numa ronda feita pelo jornal Expansão, na quarta-feira, dia 6 de janeiro do ano em curso, dos cinco pontos visitados apenas no do Marco Histórico do Cazenga o serviço Wi-Fi estava disponível. No largo das Escolas era impossível obter endereço IP (Protocolo da Internet). No Largo da Igreja São Domingos, no Imbondeiro do Cazenga e no Largo da Sagrada Família os serviços do Angola Online não eram reconhecidos, assim como se verifica nos mais diversos pontos de Luanda, conforme constatou o Expansão.
Em resposta a questões colocadas pelo Expansão, o gabinete de comunicação do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI) fez saber que a falha de sinal em alguns pontos tem a ver com problemas técnicos resultantes de constrangimentos no fornecimento de internet e energia, que são regularmente resolvidos, bem como de vandalismo que muitos lugares têm sofrido.
De acordo com a instituição, a nível orçamental, o projecto sofreu uma “suspensão significativa”, face às restrições financeiras impostas pela crise económica, o que influencia o seu desempenho, bem como a sua expansão de forma mais acelerada.
“O nosso foco é aumentar a disponibilidade dos pontos, mas actualmente pelos nossos indicativos a capacidade dos pontos tem atendido à demanda”, destaca o INFOSI. Apesar de não existir uma linha que limite o número diário de pessoas, cada utilizador tem apenas duas horas por dia para usufruir da internet grátis. A média mensal é de 12.700 utilizadores a nível nacional. Dentro do plano de expansão do projecto Angola Online, os próximos serviços de acesso serão instalados em 11 províncias.