Várias imagens de satélites estão a ser usadas para ajudar na definição dos limites do Cuando Cubango e Moxico, tendo como base a nova Divisão Político-Administrativa (DPA) para essas províncias, bem como Lunda-Norte, Malanje e Uíge, de modo a garantir o melhor controlo do território nacional, resolver os problemas mais prementes das populações e acabar com as assimetrias regionais.
Segundo o que a redacção do MenosFios apurou, técnicos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) e membros do Subgrupo de Tecnologia e Cartografia estiveram no Cuando-Cubango, onde fizeram a verificação e validação dos limites propostos para as futuras províncias no âmbito da alteração da DPA, bem como para eliminação das linhas imaginárias nos limites intermunicipais e interprovinciais.
De informar que as linhas imaginárias são limites não materializados por elementos físicos no terreno, tais como rios, estradas, marcos geodésicos ou cortinas de árvores, e onde a existência dessas linhas nos limites intermunicipais causa confusão sobre a pertença de territórios localizados nas áreas limítrofes, fazendo com que uma administração municipal administre parcelas de território pertença de outrem.
No trabalho de campo feito pelos técnicos do GGPEN com os técnicos do Ministério da Administração do Território (MAT) e do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), teve como plano de fundo a prestação de auxílio na proposta de aquisição de imagens satélites, imageamento por drone 3.2 km2 do casco urbano Mavinga, processamento de imagens, participaram de reuniões com os grupos técnicos provinciais para eliminação das linhas imaginárias e auxiliaram no geoprocessamento dos mapas finais.
Segundo Adão de Almeida, ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, bem como coordenador da Comissão Multissectorial para a DPA, falando no lançamento oficial da auscultação pública da nova DPA, em Menongue, disse que o primeiro grande objectivo Divisão Político-Administrativa é fazer com que o poder administrativo esteja mais próximo dos cidadãos, onde se isto não acontecer, o Governo não consegue gerir da melhor forma o território nacional, as pessoas e produzir resultados positivos na vida das populações.