O Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) e os empreendedores da província da Huila discutiram recentemente vários pontos de vistas ligados à inovação e ao empreendedorismo digital e como essas ferramentas podem ser aplicadas como instrumentos catalisadores de mudança socioeconómica em Angola.
As conversas surgiram no âmbito da apresentação do Projeto Envolver e da Rede Nacional de Incubadoras, uma iniciativa liderada pelo INAPEM em parceria com a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), ambas instituições de Portugal.
Ao falar num encontro de apresentação do Projeto, o seu coordenador, Nuno Teixeira, afirmou que a ideia é contribuir para o crescimento e diversificação da economia de Angola, levando as startups, micro, pequenas e médias empresas a terem maior facilidade no financiamento.
Destacou ser um desafio “grande”, principalmente para as micro e pequenas empresas por serem segmentos que abarcam muita desconfiança, por parte dos financiadores, pelo que auguram que os jovens da Huíla se interessem e participem da iniciativa.
“Optamos por fornecer ferramentas, instrumentos de trabalho que aproximasse o sector financeiro, o público e o privado, desde a elaboração de planos de negócios, estudos de viabilidades, análises de risco sobre as empresas ao controlo financeiro dos projetos, tudo devidamente ajustado à realidade de Angola”, disse.
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Nuno Teixeira referiu que estão a convidar agora incubadoras e empresas de consultoria a candidataram-se para poderem reunir entidades que vão ser certificadas, para posteriormente, cada uma, poder ter projetos para acompanhar.
Declarou que a ideia é não terem muitos projetos no início, mas nos primeiros meses criar capacidade de testar e ver se vai funcionar e, a partir do segundo semestre, alargar a possibilidade de apresentar uma candidatura com o projeto testado e disponibilizar um pacote financeiro de grande dimensão.
Avançou que lançam o concurso em abril próximo para ter as incubadoras e aceleradoras, bem como as empresas de consultoria para poderem candidatar-se a acompanhar os projetos e em maio, abrir as portas às iniciativas para serem seguidas.