O Ministério das Finanças de Angola comunicou recentemente, segundo o Jornal de Angola, que a plataforma tecnológica de apoio às suas actividades com acesso aos emails e pastas partilhadas foi alvo de um ataque cibernético na passada quinta-feira, 17 de Fevereiro, com origem e motivações não identificadas.
Felizmente o problema já encontra-se ultrapassado, depois de várias horas de trabalho com tentativas de recuperar os serviços afectados, pois os hackers solicitaram pagamento para que o Ministério das finanças voltasse a ter acesso ao sistema.
Segundo informação prestadas pela fonte, sem aprofundar detalhes, o Ministério das Finanças explica que, apesar do cenário descrito por especialistas, “não seria aconselhável o pagamento de resgate” dos ficheiros e documentos hackeados, assegura que o acervo documental se encontra disponível assim como o sistema já foi recuperado graças ao trabalho conjunto desenvolvido com parceiros. As Finanças asseguram também terem reforçado o sistema de vigilância.
Qual é o valor do resgate?
O ataque de que foi alvo a instituição possivelmente foi do tipo Ransomware, cujo objectivo, explica Sungo Afonso (especialistas em tecnologia e segurança cibernética), é de encriptar ficheiros ou documentos importantes, obrigando a vítima a pagar uma quantia avultada em moedas virtuais, como o bitcoin, em troca de ver os ficheiros recuperados.
Na verdade, os hackers fazem-no por motivação própria ou porque fazem parte de um grupo organizado de criminosos que têm objectivos de ganhar dinheiro. O valor normalmente varia de organização para organização e pode ser avaliado em milhões de dólares em Bitcoin. Podem também existir instituições ou pessoas que contratem hackers com objectivos pessoais para apagar rastros financeiros, documentos comprometedores. Mas a verdade é que, mesmo que o ministério pagasse o valor cobrado para o resgate, não havia garantia de que a chave de encriptação seria dada para recuperar os documentos bloqueados.
Valorizam mais quem usa fato e dá nisso, se um IT solicitar verbas para investir na prevenção de situações como estas não será tido nem achado, mas quando as situações acontecem querem ficar malucos a procura de soluções que não existem a não ser a prevenção.