Um conjunto de senadores dos EUA do Comité de Inteligência assina uma carta onde requer a Mark Zuckerberg mais esclarecimentos sobre uma investigação interna conduzida em 2018 e que evidenciou que muitos países considerados hostis, como a Rússia, China, Coreia do Norte ou Irão, tiveram acesso a dados dos utilizadores do Facebook. Estes acessos terão ocorrido ainda em 2014, antes de a Meta ter restringido estas operações.
O documento em causa é uma apresentação interna de 2018, onde a Meta parece evidenciar que cerca de 87 mil programadores da China, 42 mil da Rússia e outros de Cuba, Irão e Coreia do Norte tiveram acesso a dados dos utilizadores através de algumas interfaces de programação antigas da empresa. Na investigação da Meta, os especialistas detetaram que um número crescente de programadores russos estavam a alojar-se no Irão. O documento não deixar perceber que tipo de dados foram acedidos e durante quanto tempo, explica a CNN.
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A carta assinada por Mark Warner e Marco Rubio pede à Meta que revele o resultado desta investigação e clarifique que tipo de dados podem ter ido a parar às mãos das autoridades russas ou chinesas. Os legisladores escrevem que “temos grande receio sobre como este acesso possa ter permitido às agências de inteligência estrangeiras a sua atividade, desde influência maligna até atividades de contrainteligência”, assinam os políticos.
Um porta-voz da Meta afirmou que “estes documentos são um artefacto de um produto diferente, de um tempo diferente. Há muitos anos, fizemos alterações substanciais à nossa plataforma, encerramos acessos dos programadores a certo tipo de dados”.
A Meta não revela se a investigação ainda está a decorrer ou quantas aplicações já foram revistas desde a apresentação de 2018.