Uma investigação no Brasil, acabou por revelar os autores de ataques semelhantes em Angola. Os ataques informáticos contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil registados no último domingo, durante a primeira volta das eleições autárquicas, partiram de um hacker português em prisão domiciliar, informou o jornal Estado de S. Paulo.
O jornal brasileiro publicou uma ampla reportagem sobre o caso, referindo que falou com o alegado pirata informático, que se identifica com o pseudónimo Zambrius na internet. O suspeito afirmou que agiu sozinho, em Portugal, munido apenas de um telemóvel porque estava sem acesso a um computador.
“Estou sem computador. Se o tivesse, acredite que o ataque teria um impacto muito maior”, escreveu o hacker, de 19 anos, que disse dedicar-se a explorar vulnerabilidades dos sistemas informáticos.
Zambrius como é conhecido, tornou público há poucos dias, numa das suas páginas da rede social Facebook, que regressou ao grupo de hackers designado Cyber Team. Nessa publicação, datada de segunda-feira, assume ainda o ataque aos websites da Polícia Nacional, da Embaixada e da Imprensa Nacional, todos de Angola.
No dia da votação, a Polícia Federal do Brasil já havia identificado Portugal como a origem de um dos ataques ao sistema informático do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ocorrido antes de 23 de outubro, e que, segundo as autoridades, não afectou as eleições municipais no domingo.