O Executivo Angolano vai dotar o sector de Ciência Tecnologia e Inovação (CTI) de maior dinamismo para estimular a criação e difusão do conhecimento, capaz de atrair e reter talentos para o desenvolvimento do país.
A informação foi revelada pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, durante uma Mesa Redonda Ministerial sobre “O papel da ciência, tecnologia e inovação na aceleração da recuperação da COVID-19” e a “Plena implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em todos os níveis”, reiterando que a intenção surge da necessidade de fortalecer e tornar mais eficiente o Sistema Nacional de Ciência, em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e com a Estratégia Africana para a CTI.
O evento que decorreu em Genebra, Suíça, propriamente na 26ª sessão da Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CSTD), Maria do Rosário Sambo defendeu a necessidade de se criar maior sinergia na cooperação para o desenvolvimento com os atores dos sistemas científicos nacionais e dos ecossistemas de inovação para o reforço da capacidade científica do capital humano e das instituições.
Na sua abordagem, a Ministra frisa que a Ciência, tecnologia e inovação (CTI) são motores fundamentais para gerar e sustentar o aumento da produtividade e, consequentemente, constituem alavancas vitais de longo prazo para o crescimento económico e a prosperidade.
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Maria do Rosário Sambo frisou a pandemia da COVID-19 como um dos elementos que expôs a incapacidade de muitas instituições de ensino, com especial destaque para o ensino superior, de migrar para o ensino online, e esclareceu as dúvidas sobre a necessidade da transformação digital do sector da educação.
Disse que os efeitos da situação gerada pela pandemia de COVID-19 no Ensino Superior, com a consequente institucionalização do Estado de Emergência, obrigaram a questionar as atuais práticas formativas, bem como as formas como asseguram o ensino-aprendizagem e como devem fazer nos próximos tempos.
Apontou países africanos como Senegal, Tunísia e a Costa do Marfim, onde a existência, antes da pandemia, de uma universidade virtual mitigou os efeitos da pandemia de COVID-19 no ensino presencial, tendo sido possível colocar a sua experiência ao serviço de outras universidades para a conceção de dispositivos de formação online.