O Executivo vai criar uma academia de cibersegurança, em Luanda, para fazer face ao “défice muito grande” de quadros nessa área, disse o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
Mário Oliveira referiu, em conferência de imprensa realizada para anunciar a realização, em Luanda no dia 10 de maio, do 1.º Fórum sobre Cibersegurança, a instalação de uma academia de cibersegurança, que visa a certificação de jovens angolanos recém-licenciados no que toca a ferramentas ligadas a cibersegurança.
“Ciência que, infelizmente, no nosso país ainda temos um défice muito grande de quadros nessa matéria“, referiu o ministro.
Segundo o ministro, a criação de uma academia de Cibersegurança vai permitir a formação de vários jovens e a sua colocação no mercado, com vista a garantir segurança ao espaço cibernético nacional.
“Porque entendemos que só assim é que de facto estaremos a dar grande contributo para que num futuro muito breve possamos ter as nossas redes seguras, porque de nada nos adianta termos leis que obriguem as entidades a aderirem a isto ou àquilo, a punir este ou aquele incumprimento, de nada nos adianta termos só tecnologia por si só“, realçou.
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O ministro sublinhou que “a preocupação é muito grande no que toca à formação de quadros nessa matéria“, destacando que a “academia vai ser constituída em parceria com uma empresa vocacionada e com alguma experiência nessa matéria“.
De acordo com o ministro, em Luanda existem já outras academias, nomeadamente no Instituto de Telecomunicações, onde estão instaladas as academias da Cisco, Huawei e Microsoft.
“É um adicionar valor àquilo que nós já temos hoje e estamos a fazer ao longo destes anos todos“, disse.