O Governo angolano vai continuar a apostar em infraestruturas para assegurar o futuro tecnológico do país, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
Falando na chegada em Angola do maior sistema de cabos submarinos do mundo, o 2África, Mário Oliveira frisou que com a referida ligação, Angola vai registar melhorias em diversos segmentos, como de conhecimento, desenvolvimento, ciência, economia digital, melhoria do emprego e “um futuro melhor para todos”.
“Um país só se constrói com conhecimento, consciência, desenvolvimento e também com uma grande liderança. O nosso país tem uma grande liderança e a prova disso é o apoio que nós demos à Unitel, de formas a abraçarmos esse grande projeto que é o 2África”, disse o Ministro.
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O dirigente salientou que, com a infraestrutura, o sector está a pôr em prática o que se encontra plasmado no livro branco das telecomunicações e tecnologia de informação, “nomeadamente na transformação de Angola numa “hub” importante para as telecomunicações em africanas.
Mário Oliveira destacou que, com o referido cabo, o país dará o seu contributo na melhoria das comunicações nos países fronteiriços.
O ministro lembrou que ainda neste mês de julho foi inaugurada mais uma ligação em fibra óptica com a Zâmbia e com a República Democrática do Congo (RDC).
Com mais esta infraestrutura, disse, o país estará em condições de melhorar as ligações com esses países e dar corpo a uma rede africana que está a ser construída com a colaboração de todos os países africanos.
Pelo que foi revelado, o cabo do consórcio 2Àfrica tem mais de 45.000 km de comprimento, projetado para fornecer conectividade internacional contínua para aproximadamente 3 bilhões de pessoas, representando 36% da população global e conectando três continentes, África, Europa e Ásia.
O sistema, que está previsto para entrar em operação em 2024, prevê entregar mais do que a capacidade total combinada de todos os cabos submarinos que atendem África, atualmente, com uma capacidade de até 180 Tbps (Terabits por segundo) nos segmentos principais do sistema.
O projeto é um consórcio com a Vodafone, WIOCC, China Mobile International, MTN, Orange, Telecom Egypt, STC e a Meta (Facebook).