Governo vai apostar na transformação tecnológica com o foco na Agenda Digital da CPLP

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O Governo angolano quer que a estratégia para a transformação digital do país, no livro branco das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) 2019 – 2022, esteja alinhada com a implementação da Agenda Digital da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Essa informação foi revelada pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, falando na abertura do 30º Fórum Anual da Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP), salientando que a Agenda Digital da CPLP assenta, essencialmente, nas infraestruturas de comunicações eletrónicas, serviços digitais, segurança digital e na capacitação de quadros.

Em relação aos serviços digitais, Mário Oliveira referiu que a crise causada pela pandemia da Covid-19, no mundo, foi um teste involuntário às capacidades instaladas das redes de telecomunicações e todo o ambiente digital, com parceria do sector privado, em que o país esteve à altura dos desafios impostos.

As empresas do sector, sem exceção, tiveram que se reinventar para apoiar os cidadãos e impulsionar os demais sectores da vida nacional, onde se verificou, de igual modo, uma evolução significativa, desde a indústria ao retalho, banca aos seguros, energia até à saúde, passando estes sectores cada vez mais a ser liderados pelas empresas com forte pendor na economia digital”, disse.

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Em relação à Segurança Digital, o ministro destacou o reforço da confiança e segurança no uso das redes e serviços, tendo ainda sublinhado a inserção de matérias de combate aos crimes informáticos no novo Código Penal.

Mário Oliveira deixou claro que outras medidas foram tomadas pelo Executivo, para garantir a segurança na utilização das redes e serviços de comunicações eletrónicas, bem como na proteção de dados dos cidadãos e das organizações contra os ataques cibernéticos, com realce para a criação da Agência de Proteção de Dados, estando também na forja a preparação da Estratégia Nacional de Cibersegurança.

Destacou, igualmente, o reforço das instituições de formação e capacitação no domínio das Telecomunicações e Comunicações Electrónicas. O ministro sublinhou a dinâmica que a Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP) implementa com a realização de vários serviços, sendo que dos 12 membros fundadores conta agora com 40 e os números continuam a crescer.

De informar que o AICEP está presente em 9 países espalhados pelos 5 continentes, abrangendo 3 por cento da população mundial e produzindo 4,6 por cento da riqueza global.

Para João Caboz Santana, presidente de direção da AICEP, em tempos de economia digital e do sector das Comunicações, há a necessidade de ligar todos, garantindo boa inclusão, desenvolvimento das nações digitais, com infraestruturas digitais de qualidade, robustas, resilientes e seguras.

Defendeu ainda o aumento e a sofisticação de meios para travar os ataques cibernéticos, através do financiamento do serviço público, quer postal, quer de telecomunicações, bem com o de televisão e do aumento da capacidade das redes.

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