A procuradora geral de Nova Iorque Letitia James, acusa o Facebook que durante quase uma década, a empresa usou o seu domínio e poder de monopólio para esmagar os rivais mais pequenos, afugentar a concorrência e tudo isso às custas dos utilizadores do quotidiano.
As queixas apresentadas na semana passada focam-se especificamente nas compras da rede social Instagram por mil milhões de dólares em 2012 e do WhatsApp, por 19 mil milhões de dólares em 2014. Ambas as operações foram autorizadas pelos reguladores, pelo que se antevê uma longa batalha judicial agora. A acusação explica que o Facebook comprou os seus rivais antes que se pudessem tornar uma ameaça ao domínio da empresa.
“a rede social pessoal é fundamental para a vida de milhões de americanos. As acções do Facebook para consolidar e manter o seu monopólio negam aos consumidores os benefícios da concorrência. O nosso objectivo é reverter a conduta anticompetitiva do Facebook e restaurar a concorrência para que a inovação e a livre concorrência possam prosperar, ” avança Ian Conner, director do Bureau of Competition da FTC.
Por outro lado, Jennifer Newstead, do conselho geral do Grupo Facebook, defende que estes processos judiciais são uma manobra “revisionista” e que a legislação anticoncorrencial não devia servir para punir empresas de sucesso, sublinhando que o WhatsApp e o Instagram só se tornaram no sucesso que são hoje depois de a Facebook ter investido milhares de milhões de dólares.
Alguns especialistas consideram que o caso da FTC (Comissão Federal do Comércio) é bastante forte, uma vez que pode usar citações de Zuckerberg como a de 2008 quando o fundador escreveu num email que “é melhor comprar do que competir”.