O governo da Nigéria anunciou num comunicado nesta sexta-feira (4) que suspendeu as actividades do Twitter no país, o mais populoso de África, dois dias após a rede social suprimir um tweet do presidente Muhammadu Buhari.
O comunicado, que foi postado no Twitter oficial do ministério da Informação na noite de sexta-feira, acusou a empresa americana de mídia social de permitir que a plataforma fosse usada “para atividades capazes de minar a existência corporativa da Nigéria”.
O comentário do Presidente Buhari referia-se aos defensores da independência de Biafra, a quem disse que o Governo “os trataria na linguagem que eles entendem”. O ministro da Informação, Lai Mohammed, justificou a decisão com o facto de, segundo ele, a plataforma estar a ser usada “para actividades que podem minar a existência integral da Nigéria”.
A Nigéria é a maior democracia de África, mas o governo frequentemente recebe acusações de organizações de direitos humanos. Em novembro de 2019, o Executivo aplicou medidas mais rígidas para regulamentar a mídia e combater a desinformação nas redes sociais, o que foi percebido pela sociedade civil como uma restrição à liberdade de expressão.