As autoridades chinesas multaram o gigante de comércio online Alibaba em 18,2 mil milhões de yuan (2,33 mil milhões de euros) por abuso de posição dominante, noticiou este sábado a imprensa estatal na China.
A multa é equivalente a 4% das vendas do Alibaba na China em 2019, informou a agência de notícias estatal Xinhua, e supera a penalidade recorde anterior de US$ 975 milhões concedida à fabricante de chips americana Qualcomm (QCOM) em 2015.
O governo chinês aumentado a pressão sobre as empresas locais de tecnologia nos últimos meses, parte de uma repressão regulatória que o presidente Xi Jinping descreveu como uma das principais prioridades do país para 2021.
A Alibaba, em particular, tem estado sob escrutínio desde Outubro. Na altura, o co-fundador Jack Ma acusou os reguladores chineses de estarem ultrapassados, por expressarem preocupação com a expansão do braço financeiro de Alibaba – o Grupo Ant –, focado na concessão de empréstimos, gestão de riqueza e seguros.
Numa carta aberta publicada no sábado, o Alibaba disse que a empresa cooperou com a investigação e aceitou a penalidade “com sinceridade e garantirá nosso cumprimento das determinações”.
“O Alibaba não teria alcançado o crescimento sem uma regulamentação e serviços governamentais sólidos, e a supervisão crítica, tolerância e o apoio de todos os nossos constituintes foram cruciais para nosso desenvolvimento. Por isso, estamos cheios de gratidão e respeito”. “Não nos esquecemos que a sociedade actual tem novas expectativas para as empresas de plataforma, pois devemos assumir mais responsabilidades como parte do desenvolvimento económico e social do país.”