O próximo Governo brasileiro, que será dirigido por Lula da Silva, a partir do dia 1 de janeiro do próximo ano, está a estudar fórmulas de reduzir o custo do acesso à Internet em domicílio, disse Paulo Bernardo, membro do grupo que cuida das Telecomunicações da equipa de Transição de Lula da Silva.
Segundo Paulo Bernardo, a prioridade são os cidadãos vinculados ao mecanismo do Governo Cadastro Único para Programas Sociais.
“Estudamos formas de tornar mais baratos os pacotes de serviços, com foco na banda larga domiciliar, com fibra óptica. Estamos a sugerir começar por aí“, disse Bernardo ao jornal O Globo.
O antigo ministro sublinhou que, segundo análises efetuadas e uma ronda de contactos com os principais fornecedores de ligação à Internet, o Brasil dispõe das infraestruturas necessárias, pelo que não será necessário investir em construir mais, mas sim em baixar as tarifas.
A equipa de Lula de Silva está a avaliar algumas alternativas para compensar o custo do acesso à Internet, como cortes de impostos ou um pagamento extra no programa Auxílio Brasil, que deverá voltar a chamar-se Bolsa Família.
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No entanto, Paulo Bernardo frisou que “a política está numa fase inicial e ainda não é um programa porque faltam ouvir outras áreas, e será aprofundada após a constituição do novo Governo”.
“Governar para todos os brasileiros”
Lula da Silva está em contagem decrescente para tomar posse, tendo prometido, ontem, “um Governo para todos os brasileiros e brasileiras“.
Numa publicação feita na rede social Twitter, Lula garante que enfrentará os desafios – que assume que “serão muitos” – “com trabalho e responsabilidade com o povo e com o futuro“.
“Faltam 21 dias para a posse. A partir de 1 de janeiro, teremos um Governo para todos os brasileiros e brasileiras. Enfrentaremos os desafios, que sabemos que serão muitos, com trabalho e responsabilidade com o povo e com o futuro. Bom dia!“, escreveu o Presidente eleito.
Na última sexta-feira, o ainda Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, quebrou o silêncio após cerca de 40 dias, depois de ter perdido as eleições presidenciais: “Dói, dói na alma. Sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês, mesmo arriscando a minha vida no meio do povo”.
“Eu me responsabilizo pelos meus erros, mas peço a vocês: não critiquem sem ter certeza absoluta do que está a acontecer“, pediu Bolsonaro aos seus apoiantes que se encontravam presentes no Palácio Presidencial.
No mesmo dia, Lula apresentou Fernando Haddad como futuro ministro das Finanças, bem como os nomes na Defesa, Negócios Estrangeiros, Justiça e Casa Civil, os primeiros confirmados para o futuro Governo.
O futuro ministro das Finanças do Brasil, Fernando Haddad, disse, entretanto, que as suas prioridades serão promover a reforma fiscal e ratificar o Acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.