Começou nessa Quinta-Feira(23) a Conferência Internacional sobre a Transição Digital na Administração Pública, no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), evento promovido pelo Governo Angolano e que tem como objectivo apresentar soluções e promover “reflexões cruciais” para os processos de modernização, digitalização e interoperabilidade na administração do Estado.
Denominada “Governo.ao”, os dois dias do evento é facilitado pelo Instituto de Modernização Administrativa (IMA), que vai compreender exposições e debates com especialistas nacionais e estrangeiros, bem como colher contribuições para a elaboração da Agenda Digital de Angola.
Meik Afonso, director do Instituto de Modernização Administrativa, falando ao Jornal de Angola, diz que o objectivo da conferência é promover a elaboração da Agenda de Transição Digital para a Administração Pública.
Segundo o Director, Angola precisa urgentemente de uma agenda para que todos os entes públicos, principalmente, os que prestam serviços públicos, possam ter uma base comum virada à sua modernização. Por isso é importante a simplificação e a desburocratização dos serviços prestados aos cidadãos e às empresas.
“Isto não significa que até ao momento não se tem vindo a digitalizar, simplificar ou desburocratizar”, disse Meik Afonso, informando que a iniciativa já existe, mas tem acontecido fora de uma agenda e de uma base comum, que acima de tudo permita harmonizar as acções.
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“Essa harmonização vai permitir uma visão mais clara, objectiva e mais assertiva sobre as medidas”, indicouo responsável, acrescentando ainda que “isso só será possível se tivermos uma base que nos permita ter uma visão e, ao mesmo tempo, é preciso perspectivar a visão, bem como definir a sua forma de execução, percebendo quando e como o processo vai acontecer, tal como acontece com os custos e os benefícios que teremos”.
Ainda na sua abordagem, o director do IMA revela que a simplificação e desburocratização têm acontecido, embora de forma desarmonizada, sendo que a pretensão, agora, é trazer para uma base comum.
Quanto ao território nacional, enfatizou, a criação de uma agenda, significa, acima de tudo, facilitar o Governo, que presta serviços distintos e que hoje estão em estágio de modernização e digitalização diferentes. O processo está num estágio ainda muito virado para aquilo que é o convencional, tendo como base o papel, as etapas mais rígidas e as declarações feitas pelos próprios cidadãos ou estes em nome de empresas, esclareceu.
Por fim, Meik Afonso finaliza que o grande objectivo é encontrar um caminho conjunto, através de uma base comum, a fim de facilitar, acima de tudo, as decisões políticas e estratégicas, no âmbito da modernização administrativa.