Governo Angolano vai continuar a financiar a investigação científica, diz Ministra

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O Executivo Angolano, desde 2009, tem financiado projectos de investigação e desenvolvimento, de forma competitiva e transparente, tendo como base o Despacho publicado em Novembro de 2018, pelo Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, no âmbito de um acordo com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Essa informação foi revelada pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação(MESCTI), Maria do Rosário Sambo, na abertura da 7ª Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia e da 2ª edição da Feira de Ideias, Invenções, Inovação e Empreendedorismo de Base Tecnológica, na última semana.

Maria Sambo informou que os resultados obtidos até ao momento, decorrentes da avaliação das propostas que foram submetidas, estão a ser financiados 25 projectos de investigação científica, em aéreas totalmente distintas, como Ciências Exactas e Naturais, Ciências Médicas e da Saúde, bem como na especialidade de Engenharias e Tecnologias, Ciências Agrárias e Veterinárias.

A governante acrescentou ainda que nesse momento decorre a avaliação dos restantes projectos e, além dos já referidos acima, foram aprovados mais 22, que serão financiados a partir do mês de Dezembro.

Ainda foi destacado também que o financiamento de novos projectos está condicionado à apresentação de relatórios de progresso, pelos coordenadores dos projectos já financiados, o queinfelizmente tem causado atrasos adicionais.

Sobre os valores económicos, a governante revelou que no primeiro trimestre de 2022 está previsto um financiamento de aproximadamente 7,6 milhões de dólares, mas só para projectos de investigação científica. Nessa mesma senda de conversa, a ministra acrescentou que, com o objectivo de promover o aumento da capacitação científica dos quadros, foi lançado um concurso público, que resultou na assinatura de um contrato, que permite que três mil professores do ensino superior e investigadores angolanos tenham acesso às principais revistas científicas internacionais.

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Ainda no âmbito do acesso a publicações científicas, o MESCTI, com alguns parceiros, está envolvido em duas iniciativas, nomeadamente o projecto de acesso aberto à informação científica de Angola, em parceria com a UNESCO, a REDALYC e a AmeliCA (redes de revistas científicas de acesso aberto) e a Universidade Óscar Ribas, bem como o repositório científico da CPLP, cujo lançamento foi feito no dia de hoje(02).

A propósito da capacitação humana, as Instituições de Ensino Superior públicas e privadas, referiu, têm oportunidades de formação pós-graduada dos seus quadros, quer da carreira docente, quer da carreira de investigador científico.

Destacou a atribuição de bolsas de estudo para mestrado e doutoramento, através do programa de envio anual de 300 licenciados e mestres, com elevado desempenho, para as melhores universidades do mundo.

A ministra deu a conhecer que existem também bolsas de pós-graduação e em breve iniciará o Programa de Formação Doutoral em CTI, em colaboração com a UNESCO, que, além da capacitação humana (com a formação de doutores), também inclui a capacitação infra-estrutural, que tem de estar alinhada com as acções de investigação dos estudantes de doutoramento.

Outra vertente importante de intervenção do Executivo, de acordo com a ministra, é o fortalecimento da pós-graduação nas Instituições de Ensino Superior de Angola, através de um financiamento da União Europeia, estando a decorrer a análise das 132 candidaturas recebidas em resposta ao primeiro edital, para se decidir sobre a atribuição do financiamento, que varia entre um mínimo de 40 mil euros e um máximo de 150 mil euros por curso.

Maria do Rosário Sambo garantiu que estão disponíveis três milhões de euros, para apoiar os cursos de pós-graduação.

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