Além de estar acusado de ter enganado os clientes a investir no mercado de cibermoeda FTX para depois desviar os fundos para a sua empresa Alameda Research, Sam Bankman-Fried é agora acusado de ter feito doações ilegais a políticos conservadores e democratas nos EUA para obter proveitos próprios. Antes da detenção, o executivo estava a construir uma reputação de grande doador e filantropo, ganhando influência em Washington e descrevendo-se como uma pessoa benevolente e ética.
Agora, os investigadores acusam-no de ter construído um esquema para violar a legislação sobre as contribuições financeiras para campanhas políticas e acabando por fazer centenas de doações desta forma.
“Perpetuou este esquema de financiamento em parte para melhorar o seu posicionamento pessoal em Washington D.C., aumentar o perfil da FTX e obter favores de candidatos que poderiam aprovar legislação favorável à FTX ou à sua agenda pessoal, incluindo legislação regulatória sobre a FTX ou sobre a indústria”, lê-se na acusação, segundo o Vice.
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Por não querer ser conotado com qualquer cor política, Bankman-Fried terá mesmo montado um esquema para realizar as doações em nome de vários outros executivos da empresa. Um destes executivos acabou por ser o mais conotado com o partido Democrata dos EUA e um consultor político ter-lhe-á dito que “globalmente, ao seres a nossa cara para os investimentos no centro-esquerda significa que vais doar muito para m**das woke para efeitos transacionais”. O executivo terá demonstrado algum desconforto, mas acabou por aceitar o seu papel porque não havia ninguém “de confiança na FTX [que fosse] bi/gay”.
Os investigadores acusam Bankman-Fried e os seus co-conspiradores de terem doado milhões de dólares, aos dois lados da cena política dos EUA, em mais de 300 doações.