A agência reguladora para a concorrência na França anunciou uma multa de 220 milhões de euros (267,37 milhões de dólares) contra o Google por considerar a empresa culpada de favorecer os seus próprios serviços no sector de publicidade online, um novo golpe na Europa contra os gigantes americanos de tecnologia.
No centro da questão está a posição dominante que a Google tem nos servidores de anúncios para editores de sites e aplicações móveis, que lhe permitiu dar tratamento preferencial às suas próprias tecnologias com a marca Google Ad Manager.
Isto beneficiou, em detrimento dos seus concorrentes, tanto o funcionamento do seu servidor de anúncios DPF através do qual os editores oferecem os seus espaços publicitários para venda, como a plataforma AdX que organiza o leilão daqueles espaços.
Google “não questionou os factos” e a multa foi decidida no âmbito de um procedimento de acordo amistoso com os três meios de comunicação (News Corp, o jornal francês Le Figaro e o grupo Rossel da Bélgica) que o acusaram de ter monopolizado a venda de publicidade on-line. Le Figaro se retirou depois.
A Google limitou a atractividade de outros servidores de publicidade, o que lhe permitiu “aumentar significativamente a sua quota de mercado e as receitas, que já por si são muito elevadas”, observou o regulador. Alphabet, a matriz do Google, teve um volume de negócios de 55,31 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2021, na sua maioria graças à publicidade online.