O físico britânico Stephen Hawking, morreu nesta quarta-feira, aos 76 anos, segundo informou sua família. Com sua morte, desaparece um dos cientistas mais conhecidos do mundo e também um dos divulgadores da ciência mais populares das últimas décadas.
Há décadas paralisado e restringido a uma cadeira de rodas, o cientista, que sofria de esclerose lateral amiotrófica, perdeu em 2013 os movimentos faciais que lhe permitiam comunicar. Com 21 anos, após uma queda de patins, foi-lhe diagnosticada esta doença degenerativa, que iria progressivamente paralisar os seus músculos.
Nascido em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, no Reino Unido, Hawking era considerado um dos cientistas mais influentes do mundo desde Albert Einstein, não só por suas decisivas contribuições para o progresso da ciência, como também por sua constante preocupação em aproximar a ciência do público e por sua coragem de enfrentar a doença degenerativa de que sofria e que o deixou em uma cadeira de rodas e sem capacidade para falar de maneira natural.
Numa entrevista à BBC, em 2015, disse que viveu mais do que esperava, mais do que a ciência previu. E continuava activo.
“Sentir-me-ia condenado se morresse sem antes desvendar mais e mais do universo”.
Entre a astrofísica e a física quântica, o seu trabalho estendeu-se das origens do universo, aos misteriosos buracos negros ou à fantástica perspetiva das viagens no tempo. Para além das inúmeras aparições na televisão e no cinema, a vida e legado de Hawking foram levados em 2014 ao grande ecrã no filme biográfico “A Teoria de Tudo“.