O Relatório de Investimento Africano, para o ano de 2021, mostrou um grande crescimento constante do investimento nas fintechs e cleantechs africanas, sendo que esse sector representou 75% dos beneficiários de financiamento, revela a revista Economia & Mercado Moçambique.
Segundo a revista, o sucesso das fintech do continente africano continua a ser impulsionado pelo aumento da literacia digital, bem como o acesso aos smartphones e a redução dos custos da internet, sem esquecer, é claro, a inclusão financeira e os pagamentos sem dinheiro.
“estamos a experimentar uma enorme desintermediação da maioria dos serviços bancários por parte destas startups fintech” falou Ndubuisi Ekekwe, empresário e membro do corpo docente do Instituto Tekedia, especializado em inovação, e onde acrescentou que “com rapidez, segurança e preços justos, oferecidos por esta nova geração de produtos financeiros, os melhores produtos estão a ganhar” finalizou.
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De referir ainda, que muito por culpas destes factores, o número de investimentos nesse sector está a aumentar no continente africano, levando em conta as outras partes do mundo, embora que seja baixo e com muitas lacunas de financiamento, tendo como base um relatório de investigação da empresa Briter Bridges e do Fundo Catalisador Global de Aceleradores Tecnológicos.
Em 2021, as fintechs africanas representaram mais de nove décimos do volume total de fusões e aquisições, onde muitas tiveram um grande nível de notoriedade nesse último ano, como a Paystack, DPO Group e a Wave.
Por outro lado, as empresas de tecnologia financeira mantiveram ainda uma maior parte do financiamento total (31%), durante o ano, enquanto que as cleantechs (22%) estão, cada vez mais, a atrair capital de investidores locais e internacionalmente, onde podemos destacar um número crescente de empresas interessadas em acelerar a sua transição para as energias renováveis.