O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, considera que o sector das comunicações no país encontra ainda muitos desafios que precisam de ser ultrapassados, e onde aponta entre eles a contínua necessidade de expansão do acesso aos serviços de comunicações, melhoria da qualidade dos serviços prestados, bem como a segurança contra ameaças cibernéticas.
Filipe Nyusi proferiu essas palavras durante a gala alusiva ao 10° aniversário da Movitel, empresa de telefonia móvel, reconhecendo ainda da expansão da rede, onde o Governo inscreveu no seu Programa Quinquenal como prioridades, ressaltando também a implementação dos serviços de quinta geração (5G), expansão dos serviços de quarta geração (4G) para cobrir todas as sedes distritais e 50% dos postos administrativos do país.
Em um discurso modelado, o Estadista Moçambicano informou que pelos resultados alcançados até à data, o Executivo do país está encorajado com o desempenho do sector de telefonia móvel, principalmente aos serviços 4G, dos cerca de 154 distritos existentes no país, onde 139 já possuem esta tecnologia implementada pelas operadoras nacionais, o que correspondem a mais de 85% de execução.
Sobre a cobertura dos 50% dos postos administrativos planificados, o Presidente frisou que a execução situa-se em cerca de 66%, exortando, neste mesmo contexto, aos principais autores para que prossigam com as acções em curso para o cumprimento integral das metas.
“Esperamos que a reforma legal em curso traga soluções esperadas sobre crimes cibernéticos, desde burlas e facilitação de sequestros até às transacções financeiras ilícitas que tendem a ganhar espaço com recurso às infra-estruturas e equipamentos das telecomunicações“, disse Filipe Nyusi.
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O Chefe de Estado sublinhou também que o mundo vive na era digital onde as transformações tecnológicas acontecem a uma grande veleocidade e, por isso, há toda a necessidade da Movitel e outras telefonias que operam no país, continuarem a inovar trazendo cada vez mais soluções aos problemas do quotidiano para o desenvolvimento do país.
“É nossa expectativa que a empresa continue a apostar na formação e transferência de conhecimento para os técnicos moçambicanos. Ao celebrarmos este marco histórico da Movitel reiteramos o compromisso de trabalhar com os operadores da telefonia móvel para juntos assegurarmos o desenvolvimento de Moçambique“, acrescentou.
De informar que em 2011, o Governo moçambicano decidiu licenciar uma terceira operadora de telefonia, visto que o país contava com cerca de 7,9 milhões de subscritores de telefonia móvel numa população de cerca de 24 milhões de habitantes.