FBI tinha planos para utilizar o spyware Pegasus em investigações

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Em dezembro do ano passado, o FBI admitiu que comprou licenças do sypware Pegasus, desenvolvido pelo NSO Group, mas assegurando que nunca o tinha utilizado em qualquer investigação. Agora, nova documentação revela uma história diferente e que entre o final de 2020 e o início de 2021 responsáveis do FBI fizeram pressão para usar o spyware nas próprias investigações.

De acordo com documentos a que o The New York Times teve acesso, os responsáveis em questão terão  desenvolvido planos para informar os altos cargos da agência, assim como guias para advogados federais acerca da forma como o uso da ferramenta necessitaria de ser detalhado durante processos penais.

Não é claro se o FBI pretendia recorrer ao Pegasus para espiar cidadãos norte-americanos, estrangeiros ou até ambos. A agência terá decidido não avançar com o uso do Pegasus em julho do ano passado, altura em que saíram a público investigações que alegavam que o spyware teria sido utilizado para espiar os smartphones de duas mulheres próximas do jornalista Jamal Khashoggi, assassinado em outubro de 2018.

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No entanto, segundo documentos legais submetidos recentemente em nome do FBI, embora a agência tenha decidido não implementar o spyware, tal não quer dizer que o teste, avalie ou que recorra a ferramentas semelhantes para aceder a sistemas de comunicação encriptados utilizados por criminosos.

Recorde-se que o Pegasus, originalmente criado para ajudar a seguir o rastro de terroristas e criminosos, tem sido utilizado para espiar jornalistas e ativistas, assim como chefes de Estado e de Governo. Depois de o NSO Group ter afirmado que o sypware fora utilizado em pelo menos cinco países da União Europeia, em julho, a Comissão Europeia encontrou provas de que os smartphones utilizados por alguns dos seus funcionários estavam comprometidos, alegadamente pelo software de espionagem.

Uma investigação levada a cabo por Bruxelas revelou também que 14 Estados-membros da União Europeia teriam comprado a tecnologia da NSO no passado.

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